sábado, 27 de março de 2010

Cristianismo Infracto...

Vamos nos deixar concentrar em expor a falta de conhecimento de alguns cristãos... Não desejo entrar em detalhes nas doutrinas ou estilo de vida de cada denominação cristã, mas sim deixar claro que através de alguns fragmentos nasce um conceito de vida prejudicial não somente a pessoa que comete, mas a comunidade da igreja e do povo que não pertence às denominações cristãs, mas vive de acordo com certos princípios da vida cristã...
A uma jovem de ensino cristão faltava-lhe tal discernimento...
Enviei-lhe este:

O instrumento da morte de Jesus é mencionado em textos bíblicos como Mateus 27:32 e 40. Ali, a palavra grega stau•rós é traduzida por “cruz” em várias Bíblias em português, e o costume dos Romanos era a crucificação.
Em relação ao fato de ser estaca em forma de cruz ou não, depende muito do ponto de vista e interpretação da denominação de cada igreja...
Mas não devemos estudar a historia como estória...
É dever de todo cristão deixar cair o véu da religiosidade e abraçar com fé, mas sem deixar de acrescentar sabedoria ao buscar a verdade nos textos bíblicos, pois, “A verdade nos libertará da escravidão, da escuridão do mundo, da cegueira que é provocada pelo medo”.
Ele foi crucificado em sacrifício...
-Sacrificado é visto no conceito religioso que a própria bíblia mostra...
-Crucificado é visto pela historicidade bíblica, não importando em que posição seus braços foram colocado, pois a crucificação era uma pratica exercida pela Roma antiga, a qual ela exercia a pena de morte. Os judeus tinham pena de morte através de apedrejamento, hoje temos parte da África que ainda pratica essa pena de morte o apedrejamento, os Estados Unidos normalmente a injeção letal, a china usa fuzilamento e assim por diante.
Portanto usar a palavra crucificação na morte de Cristo não é errado, mas sim como identificar a sua pena de morte.
Já usar a palavra, “sacrificado” também não é errado, mas se for para expressar o motivo de sua morte, como muitos preferem mostrar, que não há mais sacrifício de sangue, pois o ultimo já teria sido realizado por Ele...
Mas se haver insistência em assemelhar a palavra crucificado a cruz, não esqueça que há varias formas de cruz...
Portanto ao narrar à história, descrevendo como Cristo morreu, dissemos Ele foi Crucificado, pois, se eu disser que Ele foi sacrificado, alguém perguntara;
Como Ele foi Sacrificado?
E eu lhe responderei...
Ele foi crucificado...
E a pessoa entenderá que Ele foi pregado em uma madeira, independente da forma desta madeira.
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Ao participar de uma reunião dos novos convertido de uma determinada congregação cristã, me surpreendeu ver e ouvir tamanho absurdo. Ainda mais com o orientador “líder” dos novos convertidos presente na igreja em que me encontrava. Permitiu que uma ignorância dessa levantasse a hipótese absurda e mentirosa, afirmando que as testemunhas de Jeová cultuam sangue, ou seja, são adoradores do sangue...Mas não percebem que o sangue é a alma do corpo.

As Testemunhas de Jeová defendem a opinião que já foi e continua sendo uma questão de enfermidade por transfusão de sangue, mesmo esse sendo feito por motivo de cirurgia. Defendem a ideia do soro especial para atos cirúrgicos, mas os médicos afirmam também que não há sangue puro, que toda a transfusão a de contaminar o individuo que a recebe, por mais cuidado que se faz. Claro que entre o individuo morre ou receber a transfusão de sangue é melhor receber, pois, a contaminação será mínima devido a certo cuidados laboratoriais. Pois esse soro que alegam existir e "existe", mas é sem duvida a preço que poucos podem receber. Em nosso país ainda a melhor solução é o sangue, pelo menos em hospitais públicos e baratos.

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Quem assistiu ao filme absorveu muito conhecimento, mas quem leu o livro acrescentou mais ainda em sua vida cristã... "O livro de Apocalipse da Bíblia Sagrada é sessenta anos mais novo do que os demais" Lutero deixou uma obra extensa em uma denominação cristã que ainda existi em nossa era, eles se denominam com conhecimento "luteranismo" isto para poder identificar de onde vem o desenvolvimento de seus conhecimentos... O passado espiritual do homem está coalhado de deuses e redentores, por isso acreditam apenas na fé, esse é o ceguismo que impede a divindade da essência cristã a se desenvolver na humanidade...






A teologia da graça de Lutero.

O desejo de obter títulos acadêmicos levaram Lutero a estudar as Escrituras em profundidade. Influenciado por sua formação humanista a buscar "ad fontes" (nas fontes), mergulhou nos estudos sobre a Igreja Primitiva. Devido a isso, termos como "penitência" e "honestidade" ganharam novo significado para ele.
Já convencido de que a Igreja havia distorcido sua visão acerca de várias das verdades do Cristianismo ensinadas nas Escrituras, sendo a mais importante delas a doutrina da chamada "Justificação" apenas pela fé. Ele começou a ensinar que a Salvação era um benefício concedido apenas por Deus, dado pela Graça divina através de Jesus Cristo e recebido apenas por meio da fé.
Mais tarde, Lutero definiu e reintroduziu o princípio da distinção própria entre a Torá (Pentateuco/Lei Mosaica) e os Evangelhos, que reforçavam sua teologia da graça. Em conseqüência, Lutero acreditava que seu princípio de interpretação era um ponto inicial essencial para o estudo das Escrituras. Notou, ainda, que a falta de clareza na distinção da Lei e dos Evangelhos, era a causa da incorreta compreensão dos Evangelhos de Jesus pela Igreja de seu tempo, instituição a quem responsabilizava pela criação e fomento de muitos erros acerca de princípios teológicos fundamentais.

A controvérsia acerca das indulgências.

Além de suas atividades como professor, Martinho Lutero ainda colaborava como pregador e confessor na igreja de Santa Maria, na cidade. Também pregava habitualmente na igreja do Castelo (chamada de "Todos os Santos" porque ali havia uma coleção de relíquias, estabelecidas por Frederico II de Sabóia). Foi durante esse período que o jovem sacerdote se deu conta dos problemas que o oferecimento de indulgências aos fiéis, como se esses fossem fregueses, poderia acarretar.
A indulgência é a remissão (parcial ou total) do castigo temporal imputado a alguém por conta dos seus pecados. Naquele tempo qualquer pessoa poderia comprar uma indulgência, quer para si mesmo, quer para um parente já morto que estivesse no Purgatório. O frade Johann Tetzel fora recrutado para viajar através dos territórios episcopais do arcebispo Alberto de Mogúncia, promovendo e vendendo indulgências com o objetivo de financiar as reformas da Basílica de São Pedro, em Roma.
Lutero viu este tráfico de indulgências como um abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiros. Proferiu, então, três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517. Segundo a tradição, a 31 de outubro de 1517 foram afixadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Essas teses condenavam o que Lutero acreditava ser a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. Para todos os efeitos, contudo, nelas Lutero não questionava diretamente a autoridade do Papa para conceder as tais indulgências.

A discordância com João Calvino

No movimento reformista (também chamado de Reforma), Lutero não concordou como o "estilo" de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja Católica,enquanto João Calvino, acreditava que a Igreja estava tão degenerada, que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se desse objetivo, fundando, então, o Protestantismo, que não seguia tradições, mas apenas a doutrina registrada na Bíblia, e cujos usos e costumes não ficariam presos a convenções ou épocas. A doutrina luterana está explicitada no "Livro de Concórdia", e não muda, embora os costumes e formas variem de acordo com a localidade e a época.

“O casamento de Lutero com a ex-freira cisterciense incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a Igreja Romana”.

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Se analisarmos como surge o mal e o bem, poderemos assim entender os conceitos para educação do ser - humano. Um ser - humano não tem como ser totalmente bom, como também não tem como ser completamente mau, pois, o bem e o mau, lados psíquicos de nossa humanidade não permitem, pois ha outros sentimentos em nossa conduta humana. Todos "quase todos" vêem Martinho Lutero como bom e Adolf Hitler como o mal. Resolvi expor esses dois por assuntos referentes à Alemanha. Mas o que tem que ser entendido é o que levaram esses dois, a esses comportamentos e se em toda sua vida humana foram totalmente bons ou maus...

"Adolf Hitler quando criança".








-1 De Abril de 1933 - Os Nazis, recém-eleitos, organizam sob a batuta de Julius Streicher um boicote de um dia a todas as lojas e negócios pertencentes a Judeus na Alemanha, uma premonição do Holocausto. Neste cartaz afixado por um membro da milícia para-militar SA (os camisas pardas), lê-se a seguinte propaganda anti-semita: "Alemães, defendam-se! Não comprem dos judeus"!


A obra de Hitler: Mein Kampf.








Sobre os Judeus e Suas Mentiras (do alemão Von den Juden und ihren Lügen) é um tratado escrito em Janeiro de 1543 pelo teólogo protestante Martinho Lutero, em que defende a perseguição dos Judeus, a destruição dos seus bens religiosos, assim como o confisco do seu dinheiro.
Ainda que, inicialmente, Lutero tenha tido uma visão mais favorável dos Judeus, a recusa destes em se converter ao movimento protestante que se iniciara levou Lutero a adoptar diversas acusações e incentivar um anti-semitismo que, juntamente com outras obras e ideais.

O Tratado

O tratado é polêmico condenando a religião judaica a partir de uma ótica cristã. Lutero escreve que aqueles que continuam aderindo ao Judaísmo "devem ser considerados como sujeira.", escreveu ainda que eles são "cheios de fezes do diabo ... que eles chafurdam como um porco" e a sinagoga é "uma prostituta incorrigível". Ele argumenta que as suas sinagogas e escolas devem ser incendiadas, os seus livros de oração destruídos, rabinos proibidos de pronunciar sermões, casas arrasadas, e propriedade e dinheiro confiscados. Eles não devem ser tratados com nenhuma clemência ou bondade, não permitir nenhuma proteção legal, e esses "vermes venenosos" devem ser dirigidos a trabalho forçado ou expulsos para sempre. Ele também parece tolerar o assassinato de Judeus, escrevendo "temos culpa em não matá-los."

Trechos do Livro “Sobre os judeus e suas mentiras”.

“(…) Finalmente, no meu tempo, foram expulsos de Ratisbona, Magdeburgo e de muitos outros lugares… Um judeu, um coração judaico, são tão duros como a madeira, a pedra, o ferro, como o próprio diabo. Em suma, são filhos do demônio, condenados às chamas do Inferno. Os judeus são pequenos demônios destinados ao inferno”. “Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte.”
“Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus”.

Controvérsias

O tratado ainda gera várias controvérsias principalmente no que diz respeito a supostas influências que os escritos antissemitas de Lutero exerceram sobre as doutrinas racistas do regime nazista, bem como no antissemitismo alemão. A visão acadêmica prevalecente desde a Segunda Guerra Mundial é que o tratado exerceu uma grande influência na atitude da Alemanha em direção aos seus cidadãos judeus nos séculos entre a Reforma e o Holocausto. Quatrocentos anos depois que foi escrito, os Nacionais-Socialistas expuseram Sobre os judeus e suas mentiras durante seus comícios e reuniões em Nuremberg, e a cidade de Nuremberg apresentou uma primeira edição a Julius Streicher, editor do jornal Nazista Der Stürmer, o jornal que o descreve como o tratado mais radicalmente antisemítico já publicado.
O renomado historiador Michael H. Hart afirma que Lutero “embora se rebelasse contra a autoridade religiosa, poderia ser extremamente intolerante com quem dele discordasse em assuntos religiosos. Possivelmente foi devido em parte à sua intolerância o fato de as guerras religiosas terem sido mais ferozes e sangrentas na Alemanha do que, digamos, na Inglaterra. Além disso Lutero era feroz anti-semita, tendo talvez, a extraordinária virulência de seus escritos sobre os judeus preparado o caminho para o advento de Hitler na Alemanha do século XX”. O próprio Hitler em seu Mein Kampf considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, o Grande, e Richard Wagner. Em seu livro Why the Jews? (Por Que os Judeus?), Dennis Prager e Joseph Telushkin escrevem: “[...] os escritos posteriores de Lutero, atacando os judeus, eram tão virulentos que os nazistas os citavam frequentemente. De fato, Julius Streicher (nazista), argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes”. Alguns historiadores consideram Lutero o primeiro autor a delinear o anti-semitismo moderno.
Contra toda esta visão, o teólogo Johannes Wallmann escreve que o tratado não teve nenhuma continuidade da influência na Alemanha, e não foi de fato basicamente ignorado durante os séculos 18 e 19. Hans Hillerbrand argumenta que concentrar-se no papel de Lutero no desenvolvimento do anti-semitismo alemão é subestimar "a mais grande peculiaridade da história alemã.". O historiador escocês Niall Ferguson, autor The War of the World seu trabalho de 2006, observa que aos anos 1930 os Judeus da Alemanha estiveram entre os mais integrados na Europa.
Os cristãos luteranos afirmam a Igreja Luterana tem esse nome em homenagem de seu mais famoso líder, porém não acata todos os escritos teológicos de Lutero, principalmente os escritos que atacam os judeus. Desde os anos 1980, alguns órgãos da Igreja Luterana formalmente denunciaram e dissociaram-se dos escritos de Lutero sobre os judeus. Em Novembro de 1998, no 60o aniversário de Kristallnacht, a Igreja Luterana da Baviera emitiu uma afirmação:
"é imperativo para a Igreja Luterana, que sabe que é endividada ao trabalho e a tradição de Martinho Lutero, de levar a sério também as suas declarações anti-judaicas, reconhece a sua função teológica, e reflete nas suas consequências. Temos que nos distanciarmos de cada [expressão de] antissemitismo na teologia Luterana."

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Deste que em minha transição infantil à adolescência sempre absorvi o livro Bíblia Sagrada em minha leitura, pois, me era condicionalmente persuadido a fazê-lo. E esse processo me trouxe a curiosidade da vida de Jó. Uma vez, já com a mente absorvida de questionamento sobre esse ponto enigmático dos testos que não eram decifrados por mim, perguntei ao meu instrutor bíblico. Porque Deus fez isto com Jó? E a resposta foi: Para testá-lo. Eu: Mas ele não sabe de tudo o que acontece dentro e para fora de nossa humanidade? Resposta: Sabe, mas Ele quer que o homem prove a ele mesmo que pode ser fiel mesmo debaixo das dificuldades. Eu: “Não adianta ser bom para esse Deus, pois, de qualquer maneira ele faz a gente sofrer”. Bart D. Ehrman trás essa polemica com ousadia e inteligência de um verdadeiro cristão. Pois, ainda em minha adolescência descobri que os nossos “Eu-s Divinos” é que formam esse Deus, mas antes acreditava que Deus era a “vida”, pois eles são muitos parecidos em seus aspectos... Crescemos com nossos questionamentos, absorvemos em nossa essência a razão do porque da necessidade de se criar mitos.

A narrativa popular: O sofrimento de Jó como um teste para a fé.

A ação da narrativa popular em prosa alterna cenas na terra e no céu. A história começa com o narrador indicando que Jó vivia na terra de Uz; normalmente localizada em Edom, a sudeste de Israel. Jó, em outras palavras, não é israelita. Sendo um livro “sapiencial”, este relato não está preocupado com tradições especificamente israelitas, mas em compreender o mundo de modos que fi zessem sentido para todos seus habitantes. Seja como for, Jó é descrito como “íntegro ereto, que temia Deus e se afastava do mal” (Jó 1:1). Já vimos que em outros livros sapienciais, como Provérbios, a riqueza e a prosperidade são dadas aos justos perante Deus. Aqui o ditado é confirmado. Jó é definido como estupendamente rico, com 7 mil ovelhas, 3 mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentos jumentos e muitos servos. Sua religiosidade se manifesta na devoção diária a Deus; toda manhã cedo ele faz uma oferenda a Deus por todos os seus filhos, sete filhos e três filhas, para o caso de eles terem cometido algum pecado. O narrador então se transfere para um cenário celestial em que os “seres celestiais” literalmente: os filhos de Deus) se apresentam perante o Senhor, Satanás entre eles. É importante perceber que aqui Satanás não é o anjo caído que foi expulso do paraíso, o inimigo cósmico de Deus. Aqui ele é retratado como um dos membros do conselho divino de Deus, um grupo de divindades que regularmente se reportam a Deus e, evidentemente, percorrem o mundo fazendo a sua vontade. Apenas em um estágio posterior da religião israelita (como veremos no capítulo 7) Satanás se torna “o Diabo”, inimigo mortal de Deus. O termo Satanás em Jó não parece ser tanto um nome quanto uma descrição de sua função: literalmente, significa “o Adversário” (ou o Acusador). Mas ele não é adversário de Deus: é um dos seres celestiais que se reportam a Deus. É um adversário no sentido de que faz o papel de “advogado do diabo”, questionando a sabedoria convencional para tentar provar uma tese. Naquele momento exato, seu desafio tem a ver com Jó. O Senhor gaba-se com Satanás da vida impecável de Jó, e Satanás desafia Deus: Jó é probo apenas porque em troca é altamente abençoado. Se Deus tirasse o que Jó tem, insiste Satanás, Jó “te lançará maldições em rosto” (Jó 1:11). Deus não concorda, e o autoriza a tirar tudo de Jó. Em outras palavras, este é um teste para a justeza de Jó: teria ele uma devoção desinteressada ou sua devoção a Deus depende inteiramente do que consegue ganhar com o acordo? Satanás ataca a casa de Jó. Em um dia os bois são roubados, as ovelhas são queimadas pelo fogo dos céus, os camelos são atacados e levados, todos os servos são mortos e até mesmo os fi lhos e fi lhas são desapiedadamente destruídos por uma tempestade que arrasa sua casa. A reação de Jó? Como Deus previra, ele não pragueja por seu azar; fica de luto: Então Jó se levantou, rasgou seu manto, raspou sua cabeça, caiu por terra, inclinou-se no chão e disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor o deu, o Senhor o tomou, bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1:20) O narrador nos assegura de que nem mesmo com tudo isso, “Jó não cometeu pecado nem imputou nada de indigno contra Deus” (Jó 1:22). É o caso de pensar qual “indignidade” Deus poderia cometer, se roubo destruição de propriedade e assassinato não são errados. Mas nesta história, pelo menos, o fato de Jó preservar sua justeza significa continuar a confiar em Deus, seja lá o que Deus faça a ele. A narrativa então se transfere para uma cena celestial de Deus e seu conselho divino. Satanás aparece perante o Senhor, que mais uma vez se gaba de seu servo Jó. Satanás retruca que é claro que Jó não amaldiçoou Deus ele mesmo não sofreu dor física. Mas, diz Satanás a Deus, “estende a mão, fere-o na carne e nos ossos; eu garanto que te lançarás maldições em rosto” (Jó 2:5). Deus permite que Satanás faça isso, prevenindo que não tire a vida de Jó (em parte, pode-se supor, porque seria difícil avaliar a reação de Jó se ele não estivesse vivo para ter uma). Satanás então feriu Jó com “chagas malignas desde a planta do pé até o cume da cabeça” (Jó 2:7). Jó se senta em um monte de cinzas e esfrega suas feridas com um caco de cerâmica. Sua esposa o estimula a seguir o caminho natural: “Persistes ainda em tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre duma vez!” Mas Jó se recusa: “Se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males?” (Jó 2:10). Apesar de tudo, Jó não peca contra Deus. Três amigos de Jó vão até ele Elifaz de Tema, Baldad de Suás e Sofar de Naamat. E fazem a única coisa que amigos de verdade podem fazer nesse tipo de situação: choram com ele, compartilham sua dor e se sentam com ele, sem dizer uma palavra. Sofredores não precisam de conselhos, mas de presença humana reconfortante. É nesse ponto que começa o diálogo poético, no qual os amigos não se comportam como amigos, muito menos reconfortam, insistindo em que Jó simplesmente teve o que merecia. Falarei sobre esses diálogos depois, já que são de um autor diferente. A narrativa popular só é retomada na conclusão do livro, ao final do capítulo 42. É óbvio que um pouco da narrativa popular se perdeu no processo de somá-la aos diálogos poéticos, pois quando ela reinicia Deus dá sinais de que está com raiva dos três amigos pelo que eles disseram em oposição ao que Jó tinha dito. Isso não pode ser uma referência ao que os amigos e Jó disseram nos diálogos poéticos, porque neles são os amigos que defendem Deus, e Jó que o acusa. Assim, uma parte da narrativa popular deve ter sido eliminada quando os diálogos poéticos foram adicionados. Não há como saber o que os amigos disseram que ofendeu Deus. O que fica claro, porém, é que Deus recompensa Jó por passar no teste: ele não o amaldiçoou. Jó recebe a ordem de fazer um sacrifício e orar por seus amigos, e obedece. Deus então devolve a Jó tudo o que tinha sido perdido, e ainda mais: 14 mil ovelhas, 6 mil camelos, mil juntas de bois, mil jumentos. E dá a ele mais sete filhos e três filhas. Jó vive seus dias em paz e prosperidade cercado dos filhos e netos. A visão do sofrimento nessa narrativa popular é bem nítida: algumas vezes o sofrimento se abate sobre o inocente de modo a revelar se sua devoção a Deus é genuína e desinteressada. As pessoas são fiéis apenas quando as coisas vão bem ou são fiéis independentemente das circunstâncias? Para o autor é óbvio: não importa como as coisas estejam ruins, Deus ainda merece devoção e louvor. Mas é possível apresentar sérias objeções quanto a essa perspectiva, questões levantadas pela própria narrativa popular. Para começar, muitos leitores ao longo dos anos sentiram que Deus não está envolvido no sofrimento de Jó; afinal é Satanás que o causa. Mas uma leitura mais atenta do texto mostra que não é assim tão simples. É exatamente Deus que autoriza Satanás a fazer o que faz; ele não poderia fazer nada sem a ordem de Deus. Além disso, em dois pontos o texto indica que Deus é, em última instância, o responsável. Após a primeira rodada de sofrimento para Jó, Deus diz a Satanás que Jó “persevera em sua integridade, e foi por nada que me instigaste contra ele para aniquilá-lo” (Jó 2:3). Nesse ponto, Deus é o responsável pelo sofrimento do inocente Jó, instigado por Satanás. Deus também destaca que não havia “nada” pelo que Jó tivesse de sofrer. Isso coincide com o que acontece no final da história, quando a família de Jó o consola depois que a provação termina, mostrando simpatia por ele “pela desgraça que o Senhor lhe tinha enviado” (Jó 43:11). O próprio Deus tinha provocado à infelicidade, a dor, a agonia e a perda que Jó experimentara. Não é possível culpar apenas o Adversário. E é importante lembrar o que essa perda implica: não apenas perda de propriedade, o que já seria bastante ruim, mas uma devastação do corpo e o selvagem assassinato dos dez filhos de Jó. E para quê? “Por nada” a não ser provar a Satanás que Jó não iria amaldiçoar Deus mesmo que tivesse todo o direito de fazê-lo. Ele tinha o direito de fazê-lo? Lembrem-se, Jó não fi zera nada para merecer tal tratamento. De fato era inocente, como o próprio Deus reconhece. Deus fez isso a ele para vencer uma aposta com Satanás. Esse obviamente é um Deus acima, além e em nada submetido aos padrões humanos. Qualquer outro que destruíssem todos os seus bens, o ferisse fisicamente e assassinasse seus filhos — simplesmente por capricho ou uma aposta estaria sujeito à punição mais severa que a justiça pudesse impor. Mas Deus obviamente está acima da justiça e pode fazer o que quiser para provar uma tese.

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O homem perde a vivência na estadia da vida que possui do corpo que julga ser dono, mas quando morre fica no universo da matéria, que por isso não possa nem mesmo dizer-se dono de tal matéria, pois, “retornarás ao pó de onde surgiste”... Uma razão de não nos preocuparmos com a vida após a morte, pois, ela se manifesta em seu próprio circulo deste universo sem a necessidade de intervenção da mão do homem... Os cuidados que aparentemente que o homem mostra possuir com a vida, é pelo fato de temer a sua extinção e não com a extinção da vida... Portanto a preocupação da vida após a morte é simplesmente o fato de querer possuir a permanência num mundo do universo material, querendo tornar assim a existência de tal fato psicológico a uma realidade nossa... Não percebe que a importância é a de valorização de vivenciar o que vivemos e não do que iremos viver. Buscar um presente vivido a nós é deixar algo construído aos nossos semelhantes, é propor a existência da raça-humana ao melhor da vida que surge em nós... O desespero das doenças e da pobreza é um obstáculo enorme entre o homem e a vida, pois o homem não se ver na vida que tem e sim na vida que deseja ter. O conhecimento que a vida propõe é totalmente diferente da que surge do homem, mas subscrevemos que a luta por direitos iguais em uma sociedade é o direito de o homem propor uma vida de igualdade no plano físico em que vivemos, mas no plano espiritual já não há necessidade disto. O estado psicológico do ser - humano que busca o prazer de uma vida espiritual não é o mesmo que busca uma vida de prazer no mundo das coisas que construímos... Por isso a intervenção do homem no mundo espiritual causa a cegueira total do individuo que busca a libertação para uma harmonização de vida plena, seja rico, seja pobre... O racismo, o machismo e o feminismo de nada servem para contribuição do bem estar da humanidade. Homens e mulheres deverão ter-se em direitos plenos em uma sociedade, seja ela qual for, do mesmo plano que a vida nos deixa viver na matéria que realizamos nosso desejo e vontades. O estado psíquico na razão do ser que somos devem garantir uma vida plena e saudável por nós nas sociedades que construímos... Imaginar um mito ou mesmo um ser existente em nossa busca de vida prazerosa no plano físico ou espiritual é o fracasso dessa busca, pois, mesmo “os que se enforcam buscam a felicidade na vida”.

Tobias Barreto escreveu estes inolvidáveis versos:

“Se é sempre o mesmo engodo;
Se o homem chora e continua escravo;
De que foi que Jesus salvar-nos veio?”



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quinta-feira, 25 de março de 2010

A Poesia das Canções


Vou apenas expor a literatura poéticas realista das canções que conseguem trazer a beleza da literatura sem intervenção da melodia ou do interprete que a executa, pois, devido a sentimentos inspirado da criação melódica de cada um ou mesmo do interprete que a executa a letra dessa melodia poderá tomar um desempenho excelente ao sentido poético, por mais simples que seja o seu desempenho literário. A literatura da canção que se expões sozinha sem sua forma melódica e ainda assim trás a beleza de sua expressão poética é sem dúvida vista como uma excelente escrita de seu autor.
A primeira a ser exposta aqui é a "Stranger Fruit" que Billie Holliday e Nina Simone interpretaram em suas carreiras, mas recente é a nossa Indi. Arie. A interpretação de Indi. Arie não fica devendo nada para as grandes cantoras citadas acima. Stranger Fruit trás uma realidade de uma época em que essas vitimam sofreram humilhação, torturas e assassinados... A história nos trás o motivo do racismo, mas se a estudarmos com mais cuidado de sua desenvoltura dos detalhes mantidos longe de um público do “comodismo” veremos que não é só o motivo do racismo. O macabro do enredo se revela ao belo devido a criatividade do autor em sua literatura poética!
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Strange Fruit (Billie Holliday1939)
Hoje Interpretada/India.Arie

As árvores do sul dão frutas estranhas
Sangue nas folhas, sangue nas raízes
Corpos negros balançando na brisa do sul
Frutas estranhas penduradas nos choupos
Cena pastoral do corajoso sul
Grandes olhos salientes e a boca torta
Perfume de magnólia tão doce e fresco
E o cheiro inusitado da carne queimada
Essa é uma fruta
Para os corvos arrancarem
Para a chuva colher
Para o vento chupar
Para o sol apodrecer
Para a árvore deixar cair
Essa é uma estranha e amarga colheita...
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Época da ditadura brasileira, tempo de muito sofrimento feito não só pelos militares, mas principalmente por aqueles que os apoiava. Onde a história dos negros é mantida longe de nossos conhecimentos, um filme que mostra sutilmente esse fato é o Zuzu Angel, onde o negro não participa da boa obra por assim dizer, mas que muitos poderão se assim desejarem ver as fotos de mães, filhos e pai participando arduamente no desenvolvimento do nosso país...
A interpretação desta palavra “cálice” nada mais é do que “cale-se”.

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que nem me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado, eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
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Todo poeta deixa em sua criação seus pensamentos emotivos em sua obra, por mais que essa obra seja realista. Temos que ter cuidado ao interpretar uma obra de literatura quando citamos a nossa própria opinião de interpretação sem a análise dos seus profundos detalhes conclusivos, pode-se tornar perigoso, pois, pode nos afastar da verdade expressiva de seu autor.


Como Nossos Pais
(Belchior)








Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu 'tô por fora', ou então que eu 'tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
como nossos pais
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Um hino sonoro foi cantado com letras que formou em palavras a melodia sonora de Geraldo Vandré! Nesta canção se faz presente o hino de liberdade do cidadão do povo simples... Nesta literatura poética desta canção, o enredo se faz na formação da letra composta, ou seja, a letra da musica é que enriquece a canção, coisa rara de se encontrar em canção...

Prá não dizer que não falei de flores (Geraldo Vandré)

Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais braços dados ou não,
Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Caminhando e cantado e seguindo a canção,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,

Pelos campos a fome em grandes plantações,
Pelas ruas marchando indecisos cordões,
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão,
E acreditam nas flores vencendo o canhão,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,

Há soldados armados, amados ou não,
Quase todos perdidos de armas na mão,
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,

Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Somos todos soldados, armados ou não,
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais, braços dados ou não,
Os amores na mente, as flores no chão,
A certeza na frente, a história na mão,
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Aprendendo e ensinando uma nova lição,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
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Essa canção já trás o inverso da que citei acima... Tem uma letra simples, emocionante, mas mesmo assim não é a letra é a interpretação do autor da obra que trás a beleza à letra, e ainda acrescenta beleza para melodia também. Se prestarem bem nos detalhes notará que é uma letra realista com pouca poesia. A única que me fez refletir como é importante ser filho, a única que me fez usar um lenço...

Pai pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos, pai e filho talvez
Pai, pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz
Pai, pode crer, eu tô bem eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer
Pai, eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga pra ver
Pai, me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu
Pai, eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai, você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
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Sua voz é um dos maiores encanto poético de sonoridade musical que esse país tem. A letra desta canção, como também em tantas outras de sua autoria, mantém uma mensagem poética da expressividade de um povo simples, mas rico em seu expressar...

E vamos à Luta (Gonzaguinha)





Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou á luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada

Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e contói
A manhã desejada

Aquele que sabe que é negro o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser bresileiro

Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada

Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira

E nós estamos ‘pelaí’...

Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou á luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada

Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e contói
A manhã desejada

Aquele que sabe que é negro o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser bresileiro

Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada

Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira

E nós estamos ‘pelaí’...

Eu acredito é na rapaziada
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A letra dessa canção poderia ser incluída por mim na página "Cristianismo Infracto", pois trás com brilhantismo uma literatura esplêndida do autor, na formação da poesia sonora de seu canto ele se torna sublime no enredo que se cogita...
"Tem gente perto demais de Deus"





Tem gente perto demais de Deus
Tem gente que não deixa deus sozinho
e diz deus ilumine seu caminho
e guarda deus na cristaleira
cristo perto dos cristais
cristo assim perto demais
cristo já é um de nós
carne e osso pão e vinho
tem gente que não deixa deus em paz
tem gente incapaz de viver sem deus
e o trata como um funcionário seu
deus me livre, deus me guarde, deus me faça a feira
cristo dentro da carteira
dez por cento rei dos reis
cristo um conto de réis
o garçom não a videira
essa gente é o diabo e faz da vida de deus um inferno
beleza mano
a beleza zabelê
é uma forma de saber
de acreditar e ser
a beleza beleza beleza mano
em cada dia do ano
em toda hora vivida
pois quem entra pelo cano
há de encontrar a saída
saúde sossego gozo
quase sempre alegria
triste quando triste for
prá alcançar sabedoria
aprender com o engano
a reconhecer o exato
do demasiado humano
comer e lamber o prato
preto branco amarelo
é tudo mano parente
para embelezar o belo
zabelê siga em frente
doa a quem doer
nós somos do guarnicê
doa a quem doer
viva o amor e o prazer

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Esta canção além de trazer o talento do interprete na criação da melodia para composição da letra, trás descrita o que realmente surge ao se compor uma arte qualquer, “Uma viagem de imaginação disposta a transcrever à fantasia para a literatura ou à imagem refletida na visão de seu criador...” É sem dúvida uma poesia muito bem desenvolvida nesta canção.








Toquinho - Aquarela (1983)

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)...

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Change Gon' Come é uma das canções que marcou uma época de desejo a uma realidade de direitos pra todos neste universo de direitos civis, feita por Sam Cooke, mas que foi interpretada com força poética por Ottis e que deixou em mim um tempo que vivi, mas que sangra em minha alma o quanto foi feito para termos direitos e liberdades de caminharmos ao sol...


                                                                  



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Minha Vida Poética

A literatura poética surgiu de uma essência de vida poética, despertar o Eu divino de nossa natureza humana é sublime, mas não vivenciar o momento em que se achega tal poesia é o mesmo que não escrevê-la. Pois se realmente é do divino que surge essa essência, como me poderia recusar-me a viver o que se desperta em desejo de minha vontade? Portanto não sucumbiria na solidão tal sentimento, pois, seria uma poesia morta, um espinho do galho da rosa sem a flor que a faz se tornar bela do desabrochar poético de sua vida... _______________________________________________________

A minha estrada na vida me proporcionou todas as paisagens, onde me trouxe lindos momentos, mas não se esqueça de que você é meu leme de navegação! Você mantém esse corpo vivo, mesmo quando sua essência já não mais o queria, mas a sua vontade tornou-se meu desejo e hoje e sempre lhe pertenço. Você em minha estrada é maior do que todos os sentimentos que vivenciei! Você é a vida que sustenta meu corpo, você trás a minha vida o todo que necessito!





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 "Professora" Bela rosa Bela mulher Bela dor com belos frutos Magnificamente quatro brotos Flor de rosa, rosa em flores Que ao desabrochar poucos viram Que inspira versos Mas que é mais do que poesia É guia dos versos que inspira É folia das poesias que respira É segredo desvendado nos olhos de quem a vê É pureza das águas cristalinas de quem a bebe É desejo adio de quem se banha nos momentos Doces de sua vida.


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Contigo...

Na estância que a vida proporcionou-me ao seu lado Descobrir que recolher os pedaços espalhados na vivência de minha vida, não era necessário, pois percebi que contigo estava renascendo o Eu adormecido, desencantado no exterior e interior da essência humana Mas que contigo descobri que a timidez é bela e que encanta o sentimento da amizade Que brota o desejo Eternizando o querer... Contigo os versos surge da vontade do desejo que se alastra em mim Meu Contigo será eterno mesmo que não queira a brasa que me queima Contigo até as palavras de minha intelectualidade se perde, Afogadas num profundo silêncio Que busca nos versos e se deita sem som nessas folhas E o chão que não se encontra aos meus pés É o mesmo que me faz andar em sua direção Seu nome já foi escrito pelo querer do desejo Saiba que já toquei em você mil vezes Absorvendo todas as fantasias do exterior de nossas vidas Descobri meu desejo por ti no poema das rosas, nas águas cristalinas do rio que te banha... Mas como todo sentimento tímido Percebi que deixei meu desejo por ti nas folhas que surgi em todas as estações dos anos Esperando que seu poema se encontre ao meu.
Paulo Marques.
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Sempre me lembro de ti, aliás, não teria como esquecê-la, pois, em meus versos encontro a sua forma poética do desejo meu em versos teus, mas hoje olhei o céu e procurei o seu brilho, aquela luz forte que guia as minhas poesias, porém, não as encontrei e senti o vazio das falas de uma poesia sua que ainda não se tornou completa em uma folha minha... Beijos meus aos beijos seus!







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 Por vontade do café expresso me foi impelido a não deixá-lo nesse branco, mas mesmo assim expresso os versos humilde de agradecimento por ele ter surgido... Abraços!





"Meu cappuccino" Absorvi um café expresso em contorno das teclas, “Não das notas musicais, mas das letras.” Outro dia Passado, mas presente Firmava à poesia na trilha já existente Um contorno poético, suave Desenvolvido Cores altivas, delicadas Buscava um sentido Determinado de uma eloqüente existência Mas deixado para outra hora Longe de meus olhos Ficou distante de mim Momento mutilado Naquele ensejo se fez. Mas já retornaste a mim Nada poderia ser Além do que foi descrito ou bebido em preto no branco Meu cappuccino sem versos Aprecia os versos de seu “Café Expresso” _____________________________________

Sempre deixei meus desejos transparecer com a doçura que o amor permitiu... Com ações escrevemos melhor nossos sentimentos do que com palavras... Um beijo pode não dizer nada se você não souber lê-lo, mas muito irá lhe mostrar se conseguir, pois, os olhos podem ser a janela da alma, mas a boca é a porta de toda a alma em desejo ardente!




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Tem pessoas que se identifica com o nosso jeito de ser, mas às vezes esquecemo-nos de avaliar a nossa essência com a outra essência... Felicidade não é passageira quando o sentimento é verdadeiro, essa menina me fez enxerga o bom de mim... Foi uma pena eu já estar apaixonado, mas mesmo assim foi possível vivenciar meu desejo ao lado dela, mas fiz de tudo para não nos ajuntarmos... Mesmo assim amei esse tempo! Beijos eternos para agora mulher que se tornou!


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 A beleza de nossas vidas sempre esta nos momentos em que nos entregamos aos amigos, pois neste momento de entrega é que surge a vida poética, é quando a felicidade se torna estimulante, provocativa, decorando os anseios dos anseios de estar sempre com a plena felicidade de continuamente nos unirmos no plano físico de nossas vontades. E assim o foi, cada uma de vocês me abraçou de uma forma carinhosa se dando ao meu desejo, me tornando parte de vocês! Esse é o trio que deu certo...

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Neste momento já foste diferente... Infante a qual me apaixonei pela sua simplicidade, por abraçar-me na inocência, com candidez do gostar, da veleidade do amor sem condições e nem medo... Deixei-me elevar no mais puro dos anseios que vai muito mais do amar ou se apaixonar, mas sim a do carinho, a do bem estar, de se querer bem... Poderia pega-la no colo e lhe beijar a face dizendo que o amor é menor do que permitimos um ao outro, há amizade! Meus lábios poderiam até tocar os seus, mas não me envolveria no beijo ardente da paixão, pois o carinho da amizade que tenho por ti é imenso! Mas algo mudou em você, pois, sinto que vós perdestes o que mais amava em ti, a singeleza, essa essência que se vai quando desperta outros desejos. Beijos a você a qual sempre lembrarei.

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Educam-nos a quem devemos e não devemos nos apaixonar, mas esquecem que paixão não surge da vontade própria e sim do desejo de ter ou ser... A única que me dei em paixão, pois, seria impossível dela não amar-me! Ela é o louvor dos louvores em minha vida! Sou um homem de sorte, pois, ainda tenho mais duas desse fervor...
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Escrever a balada que surgi do querer é desnecessário, mas tocar a musica que surgiu do improviso da ausência da razão é mais do que um desejo, é sentir suas curvas no toque de meus dedos é poder despejar-me dentro de ti, pois, estar persuadido à poesia sonora da eloqüente voz sussurrada de sua voz me permitindo descrever a fúria de teu ventre é sem duvida ejaculativo nas minhas frases sonoras da guitarra que despojo agora...
Mas agora vejo a perfeição de seu encanto evaporar - ti, vejo a amargura te absorver... Tornarei-me mais do que paixão em sua vida, me tornarei à sua estrada...

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Nenhuma mulher que tive ou que tenho poderá dizer que não foi amada, mas poucas irão descrever a paixão no relacionamento que ocorreu, apesar de vivenciar a minha vida com paixão, não me dei e nem me dou a todas na paixão, de tantas só existem três que poderiam ser direcionada a esse sentimento dentro de mim. Mas por esta mulher surge uma ternura diferente, um encanto do qual esta a me seduzir. Sabemos que o desejo de um homem surge ao encanto da mulher que o absorve com a beleza de sua imagem aos olhos dele, mas os homens nunca se perguntaram por que determinado tipo de mulher lhe faz trazer a ele esse desejo ardente da vontade de possuí-la... Descobri nessa mulher o porquê de tudo no todo das minhas vontades, pois, não teria como eu me entusiasmar contra algo que não se iguala a minha essência de sentimentos dos bel-prazeres que ele busca na vontade que não se domina na facilidade de outras vontades. Agora sei o porquê de tanta inclinação em minha vida, agora vejo visivelmente com o qual tipo de mulher que desejo ter na minha vida, pois, analiso as mulheres que desejei e as que recusei em minha vida. Agora fica claro o porquê de haver neste mundo tanto sofrimento humano no amor, pois, confundimos o fato de ser o amor a paixão dos sentimentos, deixamos o amor acima de nossos desejos, massacramos a paixão como veneno torpe, mas é ela que nos faz crescer, é ela que nos faz ser importante na vida... Mas falta-nos educarmos dentro dela para podermos vivenciar a sua estadia em nossas vidas. Pois quando a felicidade surge é a paixão que nos absorve e nos assumi, deixando-nos a vagar em um espaço sem fim, e que na verdade não seria ela a culpada de nossa amargura. Porém o amor que não temos por ela, é essa a nossa falta de compreensão em discernir os sentimentos de nosso lado psíquico. Compreender nossas emoções é fundamental para uma vida prazerosa e sadia na vivencia do homem e mulher que a vida permitiu no macho e fêmea de nossa humanidade... Mesmo que você não permitisse te amaria por toda a vida... E o porquê é simples, nunca mais deixarei de amar as paixões da vida, mas sempre ponderarei as paixões surgidas em mim, mas agora com você, nessa ternura em seus olhos, é quase que impossível a não te desejar. Seu desejo de ser feliz possa no meu desejo de tê-la! ______________________________________________________



Você estará sempre comigo e eu contigo, por isso quando quiseres um beijo apenas eleve seus dedos em seus lábios que perceberás meu toque no seu anseio, pois a sua vontade de ter-me esta em minha veleidade de possuí-la... Beijos!








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Você se tornou complementa na minha sonoridade musical expondo sua paixão à minhas canções... Entregou-se com tanto entusiasmo nesta paixão que conseguiu me tomar... Mostrou-se inteira enfrentando o medo e buscando a felicidade, tornando-me conivente desta felicidade que já te absorve com sorriso! Beijos meus na flor que tu me enviaste!




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Entregou-se com tanto entusiasmo nesta paixão que conseguiu me tomar... Mostrou-se inteira enfrentando o medo e buscando a felicidade, tornando-me conivente desta felicidade que já te absorve com sorriso! Beijos meus na flor que tu me enviaste!








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Não busque a perfeição nas coisas e nem no mundo, pois, esta busca nada mais é do que o desejo surgindo do reservado de nossa essência humana, da vontade de que tudo no todo do que somos fosse aos nossos olhos à nossa vontade, do que deveria ser tudo do nosso no todo à nossa maneira, mas somos apenas semelhantes, e por esta razão é que nos desejamos tanto, pela diferença que nos foi dada pela a vida... Amo-te!






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O mundo inteiro vai querer um pouco deste amor...

Quero sentir sua boca na minha Seus lábios tocando os meus Você vai descobrir o porquê que sou quem sou. O homem que a vida lhe trouxe Sou o único que você terá Eu sou aquele que era deste inicio seu Aquele senhor de sua flor a qual tu me enviaste Aquele que você não conhecia, mas era seu, sempre seu Aquele que nasceu para ser dono de ti Tornando-me Seu homem Seu amigo Seu companheiro Seu tudo no todo que você possui Ninguém poderá te despertar Porque só eu poderia e posso fazer isto acontecer Porque sou O senhor De seu ventre De seu corpo De seu espírito De sua alma E sou eu que você deseja para o todo sempre Na vida sua Porque você completa O inteiro que não consegue transbordar a minha alma Não existiu antes e não vai existir depois de mim a paixão que se despertou em ti O que houve em sua vida foram desencontros Mas agora O universo te alinhou a mim E uni as nossas vontades em seu desejo De estarmos na constelação deste espaço Por nós dois Você vai ser o que nasceu para ser, mulher...
Eternamente deste corpo que agora pertenço.
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Dizem que é fácil viver, mas talvez seja fácil quando o desejo esteja em nossas mãos... Beijos para ti que vive na minha vida e que estará sempre ao meu lado em vida minha!









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Amanhã vou subir em um palco onde não expressarei minha sonoridade musical, mas você estará comigo, pois, sei do seu desejo imenso de me ter em sua vida, sei que estamos presentes um ao outro, porém no momento estou em um jardim em chamas, devido que há em mim saudades e vontades de você,... Levanta paixão, te espero cheio de desejo... Amo-te!



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Vou-te amar por toda a nossa estância desta vida e se houver a possibilidade da existência no paraíso, o nosso jardim estará reservado, devido à fragrância desta paixão!





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Quando seus pensamentos se aliam aos meus, torna os sentimentos do amor em uma única vontade, a de estar na eternidade de nossos desejos!










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No romance da paixão a única certeza é a dos sentimentos que surge dos desejos e o qual vem dos devaneios a nos proporcionar em nossa vontade à existência por este bel-prazer, e que por esta via de interligações se materializa em nossa estância nas estações de sentimentos... Aquele que não tem a certeza dos sentimentos do seu enamorado, simplesmente não viveu a intensidade desta brasa...


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